Ao longo da história da humanidade, as epidemias virais têm nos tornado mais cientes do impacto dos microrganismos em nossa vidas e no curso da história. No século XX, houve as pandemias de gripe de 1918 e 1919, as epidemias de poliomielite nas décadas de 1940 e 1950 e a doença hemorrágica relacionada ao Ebola e as infecções por HIV. Existem diversos fatores que contribuíram para o reaparecimento das doenças virais e de outras infecções. Entre eles se incluem as mudanças ecológicas (contato humano com hospedeiros naturais ou reservatórios) e as mudanças demográficas humana.
Os vírus são agentes infecciosos acelulares que, fora das células hospedeiras, são inertes, mas, dentro delas, seu ácido nucleico torna-se ativo, podendo se replicar. São seres vivos externamente diminutos (filtráveis) e e visualizados apenas ao Microscópio.
As principais características dos vírus são:
- Possuem um envoltório de proteínas recoberto ou não por um envelope de lipídios, carboidratos e proteínas que protegem o ácido nucleico.
- Possuem um único tipo de ácido nucleico, RNA ou DNA. O ácido nucleico pode ser de fita simples ou fita dupla. Existem vírus com DNA de fita dupla, vírus com DNA de fita simples, vírus com RNA de fita dupla e RNA de fita simples.
- Não possuem metabolismo próprio, sendo considerados, sem exceção, parasitas intracelulares obrigatórios.
- Replicam-se no interior da célula hospedeira utilizando sua via metabólica, já que raramente possuem enzimas próprias.
Um vírion é uma partícula viral completa, composta por um ácido nucleico protegido por um envoltório de proteína - o capsídeo, que é formado por subunidades proteicas - os capsômeros. O capsídeo é usado como veículo na transmissão de um hospedeiro para outro e pode estar ou não revestido por um envelope protetor. O envelope protege o ácido nucleico viral contra as enzimas nucleases presentes nos líquidos biológicos, além de promover a fixação ou a ancoragem do vírus na membrana da célula.
REPRODUÇÃO VIRAL.
Os vírus só se reproduzem no interior de uma célula, e a maioria deles tem em se ácido nucleico poucos genes. Esses genes são para codificar a produção do capsídeo e para a produção de determinados enzimas que serão usadas durante a replicação e na produção do ácido nucleico viral.
BACTÉRIAS
A inclusão das bactérias entre os procariontes, baseou-se em observações microscópicas. Novas técnicas de biologia molecular e bioquímica revelaram que existem, na verdade, dois tipos de células procarióticas em adição às células eucarióticas - as Eubactérias e as Archaea, sendo as primeiras mais antigas evolutivamente que as segundas. As Archaea difere das eubactérias por possuírem parede celular sem peptideoglicano, viverem em ambientes extremos e realizarem processos metabólicos fora do comum.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS BACTÉRIAS:
- Não apresentam sistema de membranas.
- Material genético (DNA) não está envolvido por uma membrana; ele é um cromossomo circular.
- Não possuem organelas revestidas por membrana.
- O DNA não está associado a proteínas histonas.
- Paredes celulares quase sempre com o polissacarídeo peptideoglicano.
- Usualmente se dividem por cissiparidade ou divisão binária.
- Arranjo: Muitas bactérias se agregam para formar colônias, e isso ocorre quando as células se dividem e não se separam, ficam unidas. Os cocos podem se dividir e originar colônias em cadeias (estreptococos), em forma de cubo (sarcina com oito células), ou cacho de uva (estafilococos). Os bacilos dividem-se em apenas um plano (diplobacilos e estreptobacilos).
- Glicocálice: Forma a cápsula viscosa que envolve a célula. A importância da cápsula para as bactérias reside na sua proteção contra fagocitose pelas células hospedeiras, além disso, a cápsula é essencial para a fixação da bactéria em diversos substratos.
- Flagelos: Estendem-se a partir da membrana celular, atravessam a parede celular e vão além dela, atravessando a cápsula. Algumas espécies são dotadas de um, ou muitos flagelos enquanto outras não possuem. O flagelo é importante para dar movimento a bactéria, assim ela se desloca para um ambiente favorável.
- Fímbrias: Apêndices que também se estendem da membrana para toda a superfície da célula. São usados para a fixação da bactéria ao substrato, inclusive em outras células.
- Pili: Normalmente são mais longos que as fímbrias, havendo apenas um ou dois por células. Sua função é unir-se ás células bacterianas na preparação para a transferência de DNA de uma célula para outra.
- Parede celular: Estrutura semirrígida e responsável pela forma e proteção da célula. Além disso, ela serve de ancoragem para os flagelos. Na medicina a parede celular é de extrema importância, pois contribui para a capacidade de algumas especies causarem doenças, sendo o local de ação de muitos antibióticos, além de diferenciar os dois tipos principais de bactérias as gram-positivas e as gram-negativas, de acordo com a afinidade ou não ao reagente de gram.
- Membrana plasmática: Lipoproteica semelhante ás de todos os outros seres vivos. Nos procariontes, além das funções de proteção e de transpote seletivo, ela atua na síntese dos componentes da parede celular, auxilia a replicação do DNA, secreta proteínas e enzimas digestivas, realiza a respiração.
- Citoplasma: Citosol constitui-se 4/5 de água e 1/5 de substância dissolvidas ou em suspensão (proteínas, carboidratos, lipídeos e íons). O citoplasma abriga a única organela não membranosa - o ribossomo, que é menor do que o ribossomo das células eucarióticas. Os ribossomos realizam a síntese de proteínas.
- Nucleoide ou área nuclear: Nucleoide é a região que contém DNA, algum RNA e também proteínas não histonas associadas. O DNA é um "cromossomo" grande e circular que comanda todo o metabolismo da célula.
- Plasmídeo: Pequeno DNA extracromossômico, pois não se conecta ao cromossomo principal e replica-se independentemente. Eles podem transportar genes para diversas atividades.
- Endósporos: Eles são formados dentro da membrana celular da bactéria. Eles podem permanecer dormentes por milhares de anos e retornar ao seu trabalho ativo pela lesão física ou química do seu revestimento. Então as enzimas da estrutura rompem as camadas protetoras, a água entra e o metabolismo inicia-se. O endósporo forma uma única célula ao germinar.
Quanto à respiração, as bactérias podem ser aeróbicas ou anaeróbicas. As anaeróbicas podem ser estritas (quanto só sobrevivem na ausência de O2) ou facultativas (quando sobrevivem tanto na presença quanto na ausência de O2). As bactérias aeróbias necessitam de oxigênio para sobreviver.
Quanto a nutrição,são divididas em autótrofas e heterotróficas. As autótroficas, produzem glicose através da fotossíntese bacteriana. Já as bactérias heterotróficas são incapazes de sintetizar sua glicose, devendo obtê-la através da alimentação para usar na obtenção de energia através da respiração aeróbia, da fermentação ou respiração anaeróbia.
REPRODUÇÃO BACTERIANA.
- Assexuada: Cissiparidade ou divisão binária.
- Sexuada: Conjugação, transformação e transdução.
FUNGOS
Os fungos são formados por seres eucariontes que apresentam muitas características peculiares.
- São aclorofiliados e, por tanto, heterótrofos, já que tmbém não realizam quimiossíntese.
- Podem ser saprófitas, vivendo à custa da matéria orgânica morta em decomposição. Os fungos e as bactérias decompositores desempenham a importante função de reciclagem da matéria na natureza.
- Possuem digestão extracorpórea, eliminando enzimas que digerem extracelularmente a matéria orgânica, e o material digerido é absorvido pelas suas células e incorporadas por eles.
- Os fungos parasitas provocam doenças em plantas e em animais, incluindo o homem.
- As células dos fungos (hifas) são revestidas pela quitina, polissacarídeo nitrogenado que também forma o exoesqueleto dos artrópodes ( alguns poucos fungos aquáticos possuem celulose em suas parede); armazenam o polissacarídeo glicogênio e alguns possuem centríolos.
- A reprodução pode ser sexuada ou assexuada. nesse último caso pode ser através de alguns tipos de esporos, transportados pela água, pelo vento ou aderidos ao corpo dos animais, cissiaridade(apenas nos uni celulares) ou ainda por brotamento.
- Vivem em ambientes terrestre úmidos e sombreados e também aquáticos.
As hifas são estruturas típicas dos fungos pluricelulares, com o aspecto de longos filamentos tubulares. Elas crescem juntas e emaranhadas, constituindo uma massa de filamentos denominada micélio. Como os filamentos não tem paredes comuns com as hifas vizinha, o micélio é considerado um falso tecido.
Nos fungos, o micélio pode ficar escondido abaixo da superfície do substrato ( nutrientes, solos, etc.), formando um micélio extenso, ou pode aparecer na superfície, caso em que as hifas formam estruturas complexas, denominadas corpos de frutificação, como ocorre nos cogumelos e na orelhas-de-pau.
Os fungos normalmente se reproduzem por esporos, que são células reprodutivas capazes de desenvolver-se em um indivíduo adulto sem que ocorra fusão com outra célula. Os esporos podem ser meiotícos. Estes últimos são considerados sexuados, pois, na sua formação, ocorre meiose, com recombinação genética.
Fontes: Livro de biologia Soma.
Internet: www.sobiologia.com.br
Autores: Denise de Abreu Fernandes.
Roney Elias da Silva.
Editado: Josimar Rezende da Cruz.
Achei muito bom.
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